Investimento Social Estratégico
O engajamento do terceiro setor com o ESG: oportunidade para aumentar a credibilidade e acelerar a transformação social
7 de julho de 2025
As Organizações da Sociedade Civil (OSCs) desempenham um papel essencial na promoção de mudanças e na construção de uma sociedade mais equitativaPor Cristiane Almeida

As Organizações da Sociedade Civil (OSCs) desempenham um papel essencial na promoção de mudanças e na construção de uma sociedade mais equitativa, preenchendo lacunas deixadas pelo governo e pelo setor privado. Por sua própria natureza, essas organizações atuam como catalisadoras de transformações sociais e ambientais, dialogando continuamente com o segundo e o primeiro setor para promover avanços em políticas públicas e normas socioambientais que protejam minorias e garantam a qualidade de vida para todos.
Nos últimos anos, o conceito de ESG ganhou força no mundo corporativo. Muitas empresas passaram — ou estão passando — a integrar aspectos ambientais, sociais e de governança em suas operações, movidas por uma consciência crescente sobre a finitude dos recursos naturais, pela pressão das partes interessadas por maior responsabilidade e ética, pelo agravamento dos problemas sociais e pelo surgimento de normas e regulamentações nesses três pilares: ambiental, social e de governança.
Esse movimento vem engajando cada vez mais investidores sociais e filantropos no fortalecimento de políticas públicas voltadas ao combate às crises climática e de desigualdade. Com isso, as OSCs deixam de ser vistas apenas como receptoras de recursos pontuais, passando a ser reconhecidas como parceiras estratégicas na geração de impacto transformador.
Oportunidades para o Terceiro Setor
Para as OSCs, a adoção de práticas ESG é, sem dúvida, uma oportunidade estratégica. À medida que empresas e investidores se tornam mais exigentes com relação a critérios ESG, serão também mais criteriosos na escolha das organizações com as quais se relacionam. Aquelas que demonstrarem governança sólida, transparência e compromisso com a sustentabilidade serão percebidas como mais confiáveis e atrativas para parcerias de longo prazo.
A confiança, aliás, continua sendo um dos principais desafios do terceiro setor. De acordo com uma pesquisa da Edelman, o Brasil vive uma neutralidade no sentimento em relação à confiabilidade das OSCs. Práticas estruturadas de ESG contribuem para reverter esse quadro, sinalizando compromisso com resultados concretos e com uma gestão responsável.
A governança no terceiro setor precisa ser estratégica, orientada para o longo prazo e sensível a riscos e oportunidades. Isso inclui adotar mecanismos de gestão de riscos, fortalecer a transparência e buscar inovações sociais que promovam eficiência e impacto. Em um cenário de recursos escassos, a gestão eficiente é o que torna as OSCs mais resilientes e preparadas para responder às demandas da sociedade de forma eficaz.
O Papel dos Líderes do Terceiro Setor
Essa transformação, no entanto, depende da atuação dos líderes das OSCs. Cabe a eles impulsionar uma governança orientada a resultados de curto, médio e longo prazo, incorporando uma visão estratégica que privilegie a eficiência operacional, a inovação e a capacidade de adaptação.
Ao adotar práticas ESG e melhorar sua prestação de contas, as OSCs não apenas fortalecem suas operações internas, mas também ampliam sua captação de recursos e seu alcance social. Este é o momento ideal para que líderes do terceiro setor enxerguem o ESG como uma alavanca de transformação — não apenas institucional, mas também de impacto na sociedade.
Tendências e Conjuntura Global
Outro fator impulsionador é o comportamento das novas gerações — especialmente os millennials e a Geração Z — que demandam maior responsabilidade social e ambiental das organizações. Pesquisas mostram que a Geração Z está disposta a pagar mais por produtos sustentáveis e recusar oportunidades em empresas que não compartilham seus valores.
Esse movimento ganhou ainda mais visibilidade na COP28, realizada em Dubai no final de 2023, quando o papel do terceiro setor foi amplamente reconhecido como essencial na luta contra as mudanças climáticas. A conferência reforçou que as OSCs são agentes fundamentais para preencher as lacunas deixadas pelo Estado e pelo setor privado, sobretudo na implementação de políticas climáticas inclusivas e equitativas. A governança sólida foi destacada como requisito indispensável para que essas organizações tenham voz ativa e influência na agenda ESG global.
Na COP29, realizada em novembro de 2024 em Baku, Azerbaijão, o foco esteve no financiamento climático e na regulamentação do mercado de créditos de carbono. Embora avanços importantes tenham sido registrados, como o compromisso com um novo fundo de US$ 300 bilhões anuais até 2035, o evento também evidenciou tensões internacionais, especialmente diante da nova eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, que reacendeu o discurso contrário ao ESG e reduziu a ambição climática americana.
Apesar desse cenário internacional adverso, o Brasil manteve sua trajetória de fortalecimento da agenda ESG. O engajamento do setor privado e da sociedade civil tem crescido de forma consistente, impulsionado pelas necessidades locais e pelas oportunidades estratégicas que o ESG representa para o desenvolvimento sustentável. E já se volta a atenção para a COP30, que será realizada em Belém, no coração da Amazônia, em novembro de 2025 — um marco para o protagonismo do Brasil e da região amazônica na agenda climática e social global.
Conclusão
A adoção de práticas ESG pelas OSCs é um passo estratégico para garantir sua sustentabilidade e atender às expectativas de transparência e eficiência de empresas e doadores. Iniciativas como a da Engaja Brasil não apenas oferecem ferramentas práticas para essa implementação, mas também criam um ambiente de colaboração e fortalecimento mútuo entre empresas e organizações sociais.
Essa integração é, sobretudo, uma grande oportunidade de posicionamento. Ao adotar práticas ESG, o terceiro setor ganha credibilidade, amplia seu impacto e se prepara para atuar com mais solidez e protagonismo nos desafios da sociedade contemporânea. No fim das contas, o sucesso das empresas na agenda ESG está intrinsecamente ligado à força e à integridade das OSCs com as quais se conectam.
O papel da Engaja Brasil
Para fortalecer essa presença, a Engaja Brasil, em parceria com a KPMG, tem promovido a integração de práticas ESG no terceiro setor. A plataforma oferece recursos que aprimoram a governança, a transparência e a gestão das OSCs, preparando-as para parcerias estratégicas com o setor privado.
Além de apoiar a adoção de práticas de compliance e gestão de riscos, a Engaja Brasil oferece ferramentas para mensuração de resultados e indicadores de desempenho ESG/GRC — elementos-chave para conquistar a confiança de investidores sociais e garantir a sustentabilidade das ações no longo prazo.
Sobre a Engaja Brasil
A Engaja Brasil é uma plataforma tecnológica e educativa voltada ao fortalecimento institucional das Organizações da Sociedade Civil (OSCs). Com metodologia exclusiva em ESG, Governança, Riscos e Compliance — desenvolvida em parceria com a KPMG — apoia OSCs de diferentes portes a evoluírem em sua jornada de maturidade institucional e atração de investimentos.
Para as empresas e investidores sociais, a plataforma representa um ambiente seguro, estratégico e educativo, promovendo conexões com OSCs comprometidas com boas práticas. Por meio de diagnósticos, trilhas de capacitação e encontros temáticos, a Engaja Brasil viabiliza parcerias sustentáveis, responsáveis e de alto impacto social.
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